Vantagem e desvantagem da Microprodução numa rede BT atual
- carinapinto1111750
- 14 de jul. de 2015
- 2 min de leitura
As redes de BT atuais não se encontram devidamente preparadas para a injeção de potência através da microprodução, num cenário de massificação da produção.
As redes cumprem determinados parâmetros desde seletividade, sobreaquecimento, corrente curto-circuito, que é necessário para que a EE seja transportada desde o PT até ao consumidor. Quando o trânsito de potências é invertido, ou existe nos dois sentidos, não existe o cumprimento dos parâmetros necessários e obrigatórios.
Os principais desafios esperados com a introdução de microprodução nas redes passam pela antecipação de possíveis problemas relacionados com a qualidade de onda de tensão e com a segurança de pessoas e bens nas redes BT. A elevada concentração de micro produtores em redes BT poderá condicionar o nível de tensão em redes BT, sendo que este problema, que em alguns casos já se faz sentir, ocorre particularmente em redes rurais, com baixas potências de curto-circuito.
As características resistivas das redes BT implicam a ocorrência de variações de tensão relacionadas com trânsito de potência ativa que, para uma determinada potência, são tanto mais significativas quanto menor for a potência de curto-circuito da rede.
A introdução de Microgeração em redes BT poderá facilitar ou dificultar a tarefa de regulação de tensão, dependendo em muito do acerto entre os diagramas de produção e consumo.
Por outro lado a introdução de microprodução ajuda a resolver vários problemas de quedas de tensão, mesmo que momentâneos, é possível ver nas seguintes figuras as alterações da rede sem microprodução, com microprodução e consumo e com microprodução divergente de consumo, estes três casos é analisado o impacto da Micro produção no perfil de tensão de uma rede BT.
Pode-se constatar que, em situações em que o pico da microprodução ocorra em períodos de vazio, o trânsito de energia pode inverter-se, sendo necessária a atuação de mecanismos para o controlo de tensão dentro dos valores regulamentares.
Em Portugal, a larga maioria da microprodução é do tipo fotovoltaico, em que a potência gerada é proporcional à radiação incidente, variando esta ao longo do ano e em dias de nebulosidade. Desta forma, a microgeração e a produção, tendem em não andar sempre alinhadas.
No que toca ao ambiente, existe uma redução das emissões de gases e, consequentemente, uma atenuação nas mudanças climatéricas, uma maior sensibilização dos consumidores para a energia, sistema de produção de energia de menor porte relativamente às grandes centrais hídricas e termoelétricas tradicionais.
Em relação ao sistema elétrico de energia a redução da distância entre a produção e os centros de consumo, bem como a redução de perdas nas redes a montante, o adiamento e diminuição de investimentos em transmissão e produção em grande escala.
No que diz respeito à qualidade de serviço existe um aumento da qualidade de serviço bem como uma atenuação do impacto de falhas na distribuição e transmissão.
Por fim e não menos importante, o mercado, existe um possível desenvolvimento de novas abordagens de mercado, possível contribuição para a redução dos preços de eletricidade, já que as redes de transporte e distribuição são usadas de forma menos intensiva.

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